sexta-feira, 1 de junho de 2007

Momento auto-ajuda para os outros

Você, habitante de cidades super-povoadas, sabe que são as pequenas iluminações cotidianas que tornam menos ordinária nossa passagem pelo mundo.

E já deve ter notado também que grandes preocupações com o futuro são, quase sempre, meros substantivos de função reduzida ao próprio nome: preocupações.

Planejar, medir, consultar, medir novamente... Desconfio que, hoje, até a própria intuição passa por um incosciente processo de revisão qualitativa. Será essa intuição adequada aos padrões ISO 9001 de segurança futura? Será que o ISO 9001 da mente vai me salvar de um arrependimento por demais frustrante e vexatório?

Nos últimos tempos, quase todas as alegrias (e digo que não são poucas, ainda bem!) têm me vindo na forma de um pequeno regalo surpreendente. Pois enquanto o planejamento minucioso traz estabilidade e confiança, a surpresa vem com aquela dose necessária de deslumbre. É como uma injeção de fôlego que te faz acordar disposto numa manhã fria pra cacete.

Veja você algumas das pequenas coisas bestas que fazem meu dia melhor:

- A volta da música clássica nos trens da Marginal Pinheiros.
- O cobrador que sempre fica muito feliz com o jornal PubliMetro, gratuito, que lhe entrego ao descer do ônibus.
- Um telefonema sonolento às 8 da manhã.
- O velhinho com 85% de cegueira que não abre mão de ir sozinho ao banco.
- O alívio ao lembrar que a prova de Ricardo II, devidamente não lido, pode não virar um desastre na sua média.
- Um elogio sincero ao texto.
- Um novo e-mail de velhos amigos.

Saber aproveitar pequenas iluminações cotidianas é quase um exercício. Sobrepô-las a tantos problemas e saquismos dessa vida pode ser a solução definitiva para o mau-humor e a cara feia.

Acho que estou quase sabendo fazer isso. Espero que você também esteja.

E se não está... entre em contato, informe-se sobre preços e condições para aulas particulares ($$$$$).

Bom fim de semana!

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